Nos dias 25 e 26 de julho, a Unidade do Sebrae no Sertão
Central, Moxotó, Pajeú e Itaparica promoveu, em parceria com as prefeituras de
Serra Talhada, Petrolândia e Sertânia, a palestra Cashmere Brasileira, fibra do
pelo de caprinos como oportunidade de renda.
A palestra foi ministrada por Lia Coelho, doutoranda do
Instituto de Zootecnia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ),
cujo objeto de pesquisa é a cashmere produzida com pelo de cabras
brasileiras e afirma que é a mais fina e de melhor qualidade do mundo.
De acordo com a pesquisadora, especialista em microscopia
eletrônica, a qualidade da cashmere nacional supera a de tradicionais
regiões produtoras como China, Nepal, Mongólia, Afeganistão, Himalaia e Irã. O
motivo é a espessura da fibra, que tem apenas 8,46 micrômetros, em média,
enquanto a do Nepal, que era a mais fina até agora, tem 12 micrômetros. Um
micrômetro equivale a um milionésimo de metro. Além disso, segundo Lia, a cashmere de
cabras brasileiras tem fator de conforto de 100%, acima do máximo observado até
agora, entre 96% e 98%.“Não tem nada mais fino comparado com a nossa
[cashmere], das cabras nascidas no Brasil”, disse.
Segundo a analista do Sebrae, Raquel Silva, com essa
qualidade, é possível vender a fibra por cinco vezes o valor de outras. “É mais
uma oportunidade de geração de renda, com a vantagem de não ter barreira
sanitária, ou seja, não há empecilhos à comercialização gerando renda imediata
para os produtores”, informa.
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