Sob o comando do ministro Paulo Guedes (Economia), as
contas do governo federal encerraram 2019 com um rombo de R$ 95 bilhões. Foi o
sexto ano seguido de déficit primário.
O resultado é melhor do que o registrado em 2018, quando o saldo ficou negativo em R$ 120 bilhões, mas está longe da promessa de Guedes de zerar o déficit no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro. O número também foi pior que o esperado pelo secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.
Os números divulgados nesta quarta-feira (29) incluem as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central. Em outubro de 2018, após a eleição de Bolsonaro, Guedes disse, inicialmente, que seria factível zerar o déficit fiscal no primeiro ano de governo.
O resultado é melhor do que o registrado em 2018, quando o saldo ficou negativo em R$ 120 bilhões, mas está longe da promessa de Guedes de zerar o déficit no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro. O número também foi pior que o esperado pelo secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.
Os números divulgados nesta quarta-feira (29) incluem as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central. Em outubro de 2018, após a eleição de Bolsonaro, Guedes disse, inicialmente, que seria factível zerar o déficit fiscal no primeiro ano de governo.
Em janeiro do ano passado, logo após assumir o comando do Ministério da
Economia, ele foi taxativo, em entrevista à Bloomberg, ao afirmar que o rombo
seria zerado em 2019 como resultado da reforma da Previdência, de privatizações
e leilões de petróleo.
Ao longo do ano, o discurso mudou. O ministro passou a dizer que era preferível
compartilhar recursos federais com estados e municípios e, como consequência,
demorar um pouco mais para atingir esse objetivo nas contas públicas.
"O que vale é o que o ministro escreveu. E a LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) de 2020 mostra um déficit primário até o final deste
governo", disse o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.
Embora a promessa não tenha sido cumprida, a União encerrou o ano com folga em
relação à meta estabelecida, de déficit de R$ 139 bilhões. O dado de 2019, apesar
de negativo, foi o melhor em cinco anos.
O resultado do ano passado foi obtido com o auxílio de receitas não
recorrentes, como o recebimento de recursos das rodadas de concessão de campos
de petróleo (R$ 93 bilhões) e da elevação da arrecadação do governo com
dividendos pagos por empresas públicas (R$ 21 bilhões). Por: Folhapress
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