Se foliões se divertem no período de carnaval por todo o
Brasil, a economia também se beneficia com a folia de Momo. Neste ano,
inclusive, o cenário econômico cria a expectativa de que o resultado será o
mais positivo para as atividades turísticas relacionadas ao carnaval desde
2015. O faturamento deve alcançar R$ 7,99 bilhões no país, registrando um
aumento real de 1% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento
da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Entre
os estados brasileiros, Pernambuco ocupa a quinta colocação entre os que devem
ter o maior faturamento, com R$ 457,8 milhões. Mas, em contrapartida, ocupa o
segundo lugar entre as maiores taxas de crescimento real de receitas, com
perspectiva de alta de 3,2%.
Dois terços da movimentação financeira durante o carnaval
devem ficar entre o Rio de Janeiro (R$ 2,32 bilhões), São Paulo (R$ 1,95
bilhão) e Bahia (R$ 1,13 bilhão). Ainda à frente de Pernambuco está Minas
Gerais, com R$ 748,9 milhões. "Esses carnavais, como o do Rio e da Bahia,
que concorre diretamente com o nosso, têm a questão do investimento privado
maior do que em Pernambuco. O carnaval daqui é de rua, mais ligado à cultura,
tem mais gratuidade. Então o marketing é menor do que os que têm camarotes e
blocos privados. A divulgação é basicamente do setor público para atrair para o
estado, enquanto os outros têm investimento privado em marketing para atrair o
retorno do que ele investiu", explica Rafael Ramos, economista da
Fecomércio-PE.
Já em termos relativos, o estado (3,2%) fica atrás apenas
de São Paulo, que deve ter um crescimento real de receitas de 5,4%. "A
pesquisa mostra uma perspectiva positiva em relação a anos anteriores e são
três variáveis importantes. A primeira é que a própria inflação não está
pressionando tanto, tirando a carne. A segunda é que o dólar caro faz com que o
turista brasileiro não saia do país e torna o nosso destino mais barato para o
turista estrangeiro. A terceira é que a demanda está mais confiante, o
desemprego continua alto, mas está melhor do que em anos anteriores",
detalha o economista. Por outro lado, o Ceará deve ser o único estado a ter
queda, de 2,9%. Diário de Pernambuco.
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