Sala, prefeito de Milão: "Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as críticas"(Foto: AFP)
O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, reconheceu, nesta
quinta-feira (26/3), que errou ao apoiar a campanha "Milão não
para", que, lançada há exatamente um mês, estimulou os moradores da cidade
a continuar as atividades econômicas e sociais, mesmo com a pandemia do novo
coronavírus.
No início da divulgação da hashtag na internet, em 26 de fevereiro, a
Lombardia, região setentrional da Itália, tinha 258 pessoas infectadas pelo
vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes.
Hoje, Milão é a província da Itália mais atingida pela
Covid-19, registrando 32.346 casos de pessoas contaminadas e 4.474 óbitos, de
acordo com balanço da Defesa Civil divulgado nesta quinta-feira, 26 de março.
Em termos quantitativos, a cidade abriga 40,1% da população italiana acometida
pela doença, representando 54,4% das mortes no país.
"Muitos se referem àquele vídeo que circulava com o
título #MilãoNãoPara. Eram 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas
redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente
errado", reconheceu Giuseppe Sala, em entrevista a uma emissora italiana.
"Ninguém ainda havia entendido a virulência do vírus, e aquele era o
espírito. Trabalho sete dias por semana para fazer minha parte, e aceito as
críticas", firmou. Luiz Henrique Campos*/Estado de Minas
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