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sábado, 25 de julho de 2020

No Brasil ou nos EUA, polarização política extrapola crise sanitária

Cientista político Carlos Alberto de Melo diz que "a pandemia já extrapola a questão da doença: ela se transformou em um instrumento político a favor ou contra o governo”. © Captura de vídeo/ RFI

Em muitos países, em especial nos Estados Unidos e no Brasil, o uso da máscara contra a Covid-19 e o isolamento social também se tornaram alvo de disputa ideológica. Quem é contra alega que as medidas restringem as liberdades individuais. Do outro lado, em alguns casos mais extremos, as medidas são seguidas com tanto rigor que também resultam em desentendimentos até com aqueles que aplicam uma quarentena mais flexível.

Rapidamente, a crise sanitária foi atropelada por visões ideológicas da pandemia e virou alvo de mais um embate entre dois polos, para quem seguir a quarentena à risca significa ser de esquerda e evitá-la é o comportamento esperado dos eleitores da direita.

"O problema é que entramos numa página da história em que tudo se tornou político. Não há mais meia medida: se você é favor de alguma coisa, você é automática e radicalmente contra a outra. Não há a justa medida necessária em vários momentos da política", analisa o cientista político Carlos Alberto de Melo, professor do Insper, em São Paulo. "A pandemia já extrapola a questão da doença: ela se transformou em um instrumento político a favor ou contra o governo." (UOL)

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