O ensino remoto é desafiador para qualquer
professor, que precisa de mais tempo e dedicação para preparar as aulas e
adaptá-las às tecnologias. Mas as dificuldades enfrentadas por educadores de
grandes cidades são diferentes das que passam os professores do interior,
principalmente em regiões mais pobres, como o Nordeste brasileiro.
Um exemplo disso é o caso de dona Maria José da Silva, de
69 anos, que é vinculada às secretarias de Educação dos municípios de Santa
Cruz do Capibaribe e Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco.
Ela leciona há quase 20 anos e ensina aos alunos do 3º e 5º anos do ensino
fundamental (cerca de 30 alunos em cada turma, incluindo alguns com
necessidades especiais). Licenciada de uma das escolas, atualmente está
ministrando aulas para apenas uma delas.
A professora mora com duas irmãs que integram o grupo de risco da covid-19, e desde que o novo coronavírus chegou ao estado, decidiu se refugiar com as duas em um sítio em Brejo da Madre de Deus, cidade próxima. "Eu moro em Santa Cruz e lá o bairro mais afetado [pela covid-19] é o nosso", contou. Ao saber que precisaria encontrar formas para dar aulas remotas aos alunos, Maria José ficou desesperada. Por Ana Maria Miranda NE10 INTERIOR
Nenhum comentário:
Postar um comentário