Famílias deixam cidades e vivem saga por atendimento médico
em Porto Alegre
Crédito: Vinícius Roratto
Crédito: Vinícius Roratto
O dia nem amanhece e Porto Alegre é tomada por centenas
de pessoas vindas de diversas partes do Estado com o mesmo objetivo: ter
atendimento médico. Com tantos avanços, acompanhar a saga de pacientes e
famílias inteiras que deixam as suas cidades e rotinas e embarcam numa viagem
para conseguir uma consulta ainda surpreende. E as fileiras de vans não param
de crescer. Elas estão estacionadas em lugares considerados estratégicos da
cidade, como no entorno do Parque da Redenção, nas ruas próximas ao Complexo Hospitalar
Santa Casa ou na praça Major Joaquim de Queiroz, no bairro Santana, perto do
Hospital de Clínicas.
Os adesivos de identificação ou mesmo as placas dos veículos dão a dimensão das distâncias percorridas até a Capital. Entre os municípios estão Três Cachoeiras (171 quilômetros de distância), São Sebastião do Caí (59 quilômetros), São Lourenço do Sul (191 quilômetros), Nova Prata (193 quilômetros) e Tramandaí (118 quilômetros). Em cada veículo estão dezenas de histórias de vida. Uma delas é a do agricultor da cidade de Capitão - distante 137 quilômetros de Porto Alegre -, Norberto Fochini, 65 anos, que realizou um sonho de infância: conhecer a capital gaúcha.
Conhecer a "cidade grande", porém, não foi em decorrência de uma experiência agradável. Ocorreu em consequência de um momento doloroso. Um acidente na lavoura afetou a sua visão em novembro do ano passado, fazendo com que ele começasse uma verdadeira saga de idas e vindas. Em seis meses, o agricultor precisou percorrer 13 vezes o trajeto entre o município onde vive e a cidade dos sonhos. "Tive deslocamento da retina. Como não houve o atendimento de urgência, a situação se agravou", conta ele, que já perdeu a visão do olho direito e faz o tratamento para manter a do esquerdo no Hospital Banco de Olhos, na zona Norte de Porto Alegre.
Os adesivos de identificação ou mesmo as placas dos veículos dão a dimensão das distâncias percorridas até a Capital. Entre os municípios estão Três Cachoeiras (171 quilômetros de distância), São Sebastião do Caí (59 quilômetros), São Lourenço do Sul (191 quilômetros), Nova Prata (193 quilômetros) e Tramandaí (118 quilômetros). Em cada veículo estão dezenas de histórias de vida. Uma delas é a do agricultor da cidade de Capitão - distante 137 quilômetros de Porto Alegre -, Norberto Fochini, 65 anos, que realizou um sonho de infância: conhecer a capital gaúcha.
Conhecer a "cidade grande", porém, não foi em decorrência de uma experiência agradável. Ocorreu em consequência de um momento doloroso. Um acidente na lavoura afetou a sua visão em novembro do ano passado, fazendo com que ele começasse uma verdadeira saga de idas e vindas. Em seis meses, o agricultor precisou percorrer 13 vezes o trajeto entre o município onde vive e a cidade dos sonhos. "Tive deslocamento da retina. Como não houve o atendimento de urgência, a situação se agravou", conta ele, que já perdeu a visão do olho direito e faz o tratamento para manter a do esquerdo no Hospital Banco de Olhos, na zona Norte de Porto Alegre.
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