O número de católicos e evangélicos no Brasil
estarão tecnicamente empatados por volta do ano de 2020, ano em que será
realizado o próximo Censo Demográfico do Brasil, por parte do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE.
A afirmativa é do Instituto Patoense de Pesquisa e
Estatística-INPPE, levando em consideração os índices alcançados pelos dois
segmentos religiosos nos últimos estudos técnicos sobre a realidade
sócio-religiosa do Brasil.
O levantamento aponta que nas últimas décadas, vem
sendo constatada uma queda considerável na quantidade de católicos em nosso
país, que em 1872, ainda no primeiro período do Brasil como nação, somava
99,72% da população.
No Censo Demográfico de 1980, por exemplo, o
catolicismo romano detinha o percentual de 88,96% da população, caindo para
83,34% em 1991; 73,6% em 2000 e 64,6% no Censo de 2010.
Em proporção inversa, a igreja evangélica crescia,
absorvendo em média pouco mais de 80% do índice de católicos de deixavam de
professar a fé vaticanista.
No levantamento do INPPE, com base nos números do
IBGE, o percentual de evangélicos que era 6,6% em 1980, subiu para 9% em 1991,
15,4% em 2000, e 22,2% em 2010, recebendo grande parte da demanda que deixava
de frequentar a fé romana.
De acordo com recente pesquisa do Instituto
DatafoIha, realizada nos dias 6 e 7 de junho, o percentual de católicos em 2013
caiu para 57%, contra 28% do número de evangélicos, incluindo pentecostais e
não pentecostais. O Datafolha ouviu 3.758 pessoas em 180 municípios
brasileiros, e preparou o trabalho devido a ocasião da visita do papa Francisco
ao Brasil.
Isso significa em números absolutos, que o Brasil
teria hoje pouco mais de 111 milhões, 150 mil católicos na população projetada
para 1º de julho pelo IBGE, que gira em torno de 195 milhões de brasileiros,
contra pouco mais de 123 milhões 280 mil existentes em 2010, época do último
Censo Demográfico.
Já o número de evangélicos no país, que era de 42
milhões 275 mil em 2010, passaria atualmente para 54 milhões e 600 mil pessoas,
projetando a população de primeiro de julho de 2013. De acordo com o INPPE,
caso a população continue nessa tendência, os dois segmentos religiosos, que
somam cerca de 85% da população brasileira, chegariam ao Censo de 2020 praticamente
empatados na casa dos 40%.
A variação poderia ser estabelecida tanto em um
empate técnico, que fosse 43% a 42% ou 44% a 41% por exemplo, para qualquer dos
lados, como em caso desacelere a queda percentual da igreja católica, essa
diferença poderia atingir a casa de no máximo 5%, admitindo-se a possibilidade
de uma diferença de 45% a 40%, a depender do comportamento social do país nos
próximos anos.
@folhadosertao
com boasnovaspb.com
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