A ausência da presidente Dilma Rousseff na abertura da XVI Marcha dos Prefeitos foi vaiada pelos presentes, que só se aplaudiram quando mais tarde, de forma improvisada, os ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde) compareceram para acalmar os ânimos e anunciaram que a presidente deverá estar presente amanhã para fazer anúncios que agradarão a todos — sem detalhar quais.
Dilma deixou de comparecer à abertura da Marcha, quebrando uma tradição
iniciada por seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. O evento chegou a
entrar na agenda dela, mas foi desmarcado às 22h30 de ontem, em telefonema da
ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para o presidente da
Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski. Mesmo assim, Mesmo
assim, Ziulkoski evitou criticar o governo.
— A ausência da presidente não frustrou o encontro porque ela vem
amanhã. Logicamente, o que causou foi um certo transtorno na realização do
evento, na programação, que precisou ser toda alterada. Isso causou transtorno.
Mas o importante é que a presença dela está confirmada amanhã. Isso é o que o
mais importante para podermos restabelecer esse diálogo com o Executivo federal
—disse o presidente da CNM.
Com receio de vaias e protestos contra o governo, o Palácio do Planalto
fechou na noite de segunda-feira uma pauta de emergência para atender aos
prefeitos. A principal proposta colocada na mesa foi liberar imediatamente
entre R$ 1 bilhão e R$ 1,8 bilhão para ajudar os prefeitos, como uma
alternativa à principal reivindicação da Marcha, que é aumentar em 2 pontos
percentuais o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Hoje, o
FPM é formado por 23,5% de IR (imposto de Renda) e do IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados) arrecadados pela União. Os prefeitos querem ainda
mais recursos para a Saúde e o encontro de contas entre União e prefeituras nos
casos das dívidas junto ao INSS.
No evento desta terça-feira, Mercadante e Padilha aproveitaram para
fazer propaganda do programa Mais Médico, lançado pelo governo federal na
segunda-feira, e que pretende atrair profissionais estrangeiros para periferia
das grandes cidades ou pequenos municípios onde os médicos brasileiros não
querem trabalhar. Padilha esclareceu que o governo federal é que ficará
responsável pelo pagamentos dos salários desses profissionais — R$ 10 mil
mensais
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