Um grito de indignação, mas também de resistência. Esse
foi o tom do 6º Grito da Terra Pernambuco, que ocorreu no dia 17 de abril, no
Recife, com a participação de mais de 6 mil pessoas de todas as regiões do
estado. Diante desse cenário, parlamentares estaduais de diferentes partidos se
comprometeram em articular suas bancadas contra a Reforma da Previdência,
durante Audiência Pública na Assembleia Legislativa (ALEPE); já durante
reunião no Palácio, o Governo do Estado também reafirmou esse compromisso, além
de dar respostas a diferentes itens da Pauta de Reivindicações apresentada pela
Fetape, Fetaepe e seus Sindicatos, em parceria com vários Movimentos e
Organizações Sindicais e Social.
Além de vários deputados estaduais, os trabalhos contaram
com a presença do senador Humberto Costa; dos deputados federais Silvio Costa e
Ricardo Teobaldo, e do representante da Arquidiocese, padre Josenildo
Tavares. O espaço ficou lotado com lideranças sindicais e de movimentos e
organizações sociais, prefeitos e vereadores ligados ao Movimento Sindical
Rural e trabalhadores rurais
O presidente da Fetape, Doriel Barros, em seu discurso
fez questão de lembrar: “Já realizamos mais de 100 audiências nos municípios, e
assumimos um posicionamento junto com os trabalhadores: o deputado ou senador
que aprovar essa Reforma da Previdência e qualquer político que apoiá-la não
terá o nosso voto nas próximas eleições”.
Momento com o Governo do Estado
O governador se reuniu, inicialmente, com uma comissão do
Grito, e depois falou aos trabalhadores. Durante o encontro, ele assinou dois
decretos, que vão consolidar a agroecologia e a agricultura familiar de
Pernambuco, além de garantir o fortalecimento do Programa Chapéu de Palha com o
anúncio do envio, ainda nesta semana, à Assembleia Legislativa de um
Projeto de Lei para reajustar em 10% o benefício.
“Entendemos a preocupação do trabalhador rural e
reafirmamos o nosso compromisso em realizar ações que passem pela melhoria da
chegada da água, pela segurança no âmbito da zona rural e questões que envolvam
a educação. Vamos realizar obras que garantam a instalação de cisternas,
sistemas simplificados e a perfuração de poços para dar condições ao
trabalhador de produzir mais apesar das dificuldades de água”, afirmou . “Saio
daqui hoje com o dever de casa de defender o homem do campo, para que ele tenha
condições de, com o próprio trabalho e na sua terra, fazer avanços e poder se
estabelecer com essa atividade econômica importante que nós sabemos que é”,
completou.
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