Pernambuco está em alerta quanto ao risco de reintrodução
do sarampo no Estado. Pelo menos cinco casos suspeitos foram notificados no
Recife desde o dia 28 de junho. Um deles ainda aguarda resultados de exames no
Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen) para ser analisado, já
outros quatro estão descartados. As informações estão em comunicado divulgado
pela Secretaria de Saúde do Recife na última quinta-feira, com orientações
sobre procedimentos médicos que devem ser adotados se pessoas, em qualquer
idade ou situação vacinal, apresentarem febre e exantema (manchas vermelhas na
pele) acompanhados de tosse, coriza ou conjuntivite.
No Estado, a Secretaria de Saúde do Estado (SES) afirma que
houve 39 casos suspeitos de doenças exantemáticas, que englobam sarampo e
rubéola, notificados em 2018 até o momento. Do total, 35 já foram descartados
por critério laboratorial. O resto aguarda resultados de exame. Não há
informações se os pacientes entraram em contato com pessoas que estiveram em
áreas de circulação do vírus, como Amazonas e Roraima. Nestes Estados, estão
confirmados 465 casos e três mortes. Também há confirmação de uma criança
infectada no Rio Grande do Sul e suspeitas em Mato Grosso do Sul.
O avanço da doença no País levanta preocupações porque o
sarampo é altamente contagioso. Pernambuco não confirma casos da doença desde
2014, após último surto que começou em 2013. “A transmissibilidade ocorre,
principalmente, via aérea, por gotículas e secreções. Os sintomas vão surgir
entre dez e 14 dias após o contato. Começa com febre, tosse, olhos vermelhos ou
lacrimejando. Em seguida, surge o exantema”, afirma a infectologista pediátrica
Alexsandra Costa. (JC Online)
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