O Brasil atingiu em 2017 o maior número de mortes violentas
intencionais, como homicídios e latrocínios, da sua história. Foram 63.880
vítimas, o equivalente a 175 por dia, 7 por hora. Os dados foram revelados
nesta quinta-feira (9) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em São
Paulo. A taxa de mortes por 100 mil habitantes atingiu a marca de 30,8.
O ano de 2017 foi marcado por brigas entre facções
criminosas que causaram, já no primeiro dia do ano, 56 homicídios no interior
do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.
O massacre se repetiria com intensidade similar em Boa
Vista, na Penitenciária Agrícola Monte Cristo, onde 33 morreram , e na
Penitenciária de Alcaçuz, na Grande Natal, onde ao menos 26 foram mortos
.
O contexto de confronto entre essas organizações
criminosas, cujos expoentes são o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando
Vermelho (CV), permaneceu fora das prisões, elevando o número de assassinatos
cometidos nas ruas em diversos Estados.
Mais de um ano depois dos assassinatos marcados pela
crueldade, com decapitações e esquartejamentos, o jornal O Estado de S.
Paulo constatou que a superlotação e as condições precárias ainda são uma
realidade quase intocada nos presídios, em meio ao fortalecimento das facções e
uma violência que só avança nas cidades. (Diário de Pernambuco)
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