Estadão Conteúdo
Dos 11 parlamentares que vão comandar o Senado nos próximos
dois anos, oito têm problemas com a Justiça, já foram denunciados ou
condenados. A começar do presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que responde a
dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), que apuram irregularidades
como a utilização de notas fiscais falsas na campanha de 2014, quando foi
eleito senador. Ele também é alvo de processo no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), que poderá cassar o seu mandato.
Eleito nesta quarta-feira, 6, vice-presidente da Casa,
Antonio Anastasia (PSDB-MG) é investigado no STF em apuração sobre o repasse de
R$ 6 milhões em vantagens indevidas da Odebrecht ao grupo político do atual
deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) nas eleições de 2014. Um outro
inquérito, que apura irregularidades na campanha de 2010, foi encaminhado ao
Tribunal Regional Eleitoral de Minas.
Já o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), é alvo de três
processos que tramitam na primeira instância. Ele foi eleito nesta quarta como
primeiro-secretário do Senado. Os casos dizem respeito a desvio de recursos
públicos e omissão na declaração de bens à Justiça Eleitoral.
O segundo-secretário, senador Eduardo Gomes (MDB-TO) já foi
denunciado pelo Ministério Público Federal de ter feito pagamento de despesas
da Câmara Municipal de Palmas com licitações fraudulentas e produtos
superfaturados.
Eleito para comandar a Terceira-Secretaria do Senado,
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é alvo de inquérito que investiga a falsificação de
documento público para fins eleitorais. O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS),
da Quarta-Secretaria, já foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande
do Sul em ação de improbidade administrativa por desvio de finalidade de verba
orçamentária quando foi prefeito de São Borja.
Suplentes da Mesa do Senado também têm problemas. É o caso
do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que se tornou réu pelos crimes de peculato
e dispensa ilegal de licitação.
Sob suspeita de desvio de verbas relacionadas às obras da
Arena Fonte Nova, o senador Jaques Wagner (PT-BA) -Terceiro-Suplente - foi alvo
da Operação Cartão Vermelho.
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