ABr
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, discursou na
tarde deste sábado (23) para apoiadores na capital Caracas. Em mais de uma hora
de pronunciamento, Maduro criticou a ajuda humanitária oferecidas pelos país.
Ele classificou, Juan Guaidó, autodeclarado presidente encarregado, de “títere”
(marionete) do governo norte-americano" que quer intervir na Venezuela,
para ter acesso à exploração de riquezas minerais disponíveis no país, como o
petróleo". O presidente atacou também os presidentes da Colômbia, Ivan
Duque, e dos Estados Unidos, Donald Trump.
Sobre a operação de ajuda humanitária, Maduro classificou
de "brincadeira de enganar bobo" e questionou a qualidade dos alimentos
doados. “Comida podre para tentar tapar o rosto de intervenção militar dos
Estados Unidos”, disse no ato, transmitido pelas redes sociais.
Um dos dois caminhões com ajuda humanitária enviado pelo
Brasil e pelos Estados Unidos para a Venezuela cruzou a fronteira em Pacaraima
(RR), neste sábado (23), e encontra-se em território venezuelano, conforme o
ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Maduro disse ainda que está disposto a comprar todos
mantimentos que estão disponíveis em Boa Vista para doação à Venezuela. “Não
somos mal pagadores e nem mendigos”, disse se referindo ao fornecimento de
arroz, leite em pó, açúcar e até carne – os dois últimos alimentos não estão
sendo enviados pelo Brasil.
Colômbia
Maduro atacou, por várias vezes, o presidente colombiano,
Ivan Duque, e anunciou rompimento das relações com o país. Ele ordenou a saída
dos diplomatas colombianos da Venezuela.
Nicolás Maduro reconheceu problemas, como fechamento de
universidade e não pagamento de benefícios sociais, mas ressaltou que a
Venezuela sofre com bloqueio econômico e que ainda assim dispõe de melhores
indicadores sociais que em outros países da região.
Ele ressaltou que é o presidente legítimo. “Dentro da
Constituição, tudo. Fora da Constituição, nada”.
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