JC Online
Com informações do Estadão
De acordo com reportagem publicada pelo Estadão, a Câmara
de Deputados gastou R$ 93 milhões com assistência médica e odontológica nos
seis primeiros meses de 2019. Para este ano, o orçamento previsto com este
serviços é de R$ 117 milhões. Ainda segundo o jornal, em todo o ano passado
foram gastos R$ 100 milhões.
Para além da assistência médica de cada funcionário da
Casa, o valor inclui outros serviços, como departamento médico da Câmara e o
reembolso de despesas dos parlamentares e dos servidores não cobertas pelo
plano.
Atendimentos médico-hospitalares, odontológicos,
fisioterápicos, psiquiátricos e home-care estão inclusos. Quem administra os
convênios é o Programa de Assistência à Saúde da Câmara dos Deputados
(Pró-Saúde). O serviço é prestado em todo o território nacional e os usuários
têm acesso aos principais hospitais.
Mesmo oferecendo todos os serviços e tendo um mini-hospital
com 70 médicos e 17 especialidades diferentes, a Câmara ainda permite que haja
reembolso.
Polêmica de Feliciano
O deputado Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) foi
reembolsado em R$ 157 mil pela Câmara dos Deputados após ter feito um
tratamento odontológico. As informações sobre o implante foram divulgados pelo
Estadão na tarde desse sábado (3). De acordo com o veículo, o pastor confirmou
o custo e alegou precisar de tratamento por causa de dores crônicas
relacionadas ao bruxismo. “Não desejo para ninguém”, afirmou. “Sou político e
pregador. Minha boca é minha ferramenta".
Feliciano precisou corrigir um problema de articulação na
mandíbula e reconstruir o sorriso com coroas e implantes na boca. O pedido de
reembolso foi apresentado à casa em abril, mas foi rejeitado pela equipe
técnica. Na avaliação da área de perícia da Câmara, havia uma incompatibilidade
entre os valores apresentados pelo parlamentar e os preestabelecidos pela Casa,
além de problemas na descrição de parte dos procedimentos. No entanto, munido
de um laudo de seu dentista, Feliciano recorreu da decisão.
A Mesa Diretora, formada por sete parlamentares, acabou
aprovando o gasto e reembolsou o parlamentar. No ano passado, a Câmara pagou R$
8 milhões somente em reembolso médico aos deputados. Desde 2013, a Casa passou
a autorizar despesas de até R$ 50 mil. Mas valores mais altos têm de passar por
aprovação da Mesa Diretora, que tem a prerrogativa de aprovar qualquer quantia.
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