A CPI proposta para investigar o aumento dos índices de
desmatamento e queimadas na região amazônica já tem o apoio de 27 senadores e
pode ser instalada a qualquer momento.
O anúncio foi feito pelo senador Randolfe Rodigues
(Rede-AP), autor da proposta.
Ele disse que o governo pressionou parlamentares para que
não aderissem à proposta.
"Será que o governo não quer que uma comissão de
inquérito descubra quem foram os responsáveis pelo aumento do desmatamento,
quem ocasionou a ampliação de focos de incêndio na Amazônia?", questiona.
"Me parece que é isso o que o governo teme".
Segundo o senador, a comissão também vai apurar os motivos
que levaram o governo federal a perder os recursos que a Alemanha e a Noruega
destinavam ao Fundo Amazônia.
Desde que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) contestou dados
do desmatamento divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais), o problema passou a ser destacado pela mídia estrangeira,
acarretando reações como o corte de repasses da Alemanha e da Noruega ao Fundo
Amazônia.
O presidente da França, Emmanuel Macron, passou a fazer
duros ataques a Bolsonaro.
O governo francês disse na sexta-feira (23) que Bolsonaro
mentiu ao assumir compromissos em defesa do ambiente na cúpula do G20, em
junho, e que isso inviabiliza a ratificação do acordo comercial entre a União
Europeia e o Mercosul, concluído no mesmo mês.
Numa escalada, o assunto virou tema do G7, a reunião das
nações mais ricas do mundo, realizada no fim de semana.
Os países ofereceram ajuda ao Brasil, mas Bolsonaro diz que
só aceita recursos se Macron retirar o que disse sobre ele. Por: Mônica Bergamo
Nenhum comentário:
Postar um comentário