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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Estados do NE pedem à PF e MPF que investiguem petróleo cru nas praias


Os estados do Nordeste que tiveram praias sujas de petróleo cru irão denunciar o caso à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (1º), após reunião na vice-governadoria de Pernambuco com o Ibama, Marinha e representantes das agências estaduais de meio ambiente do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e PE. Apesar de não estarem presentes na reunião, Maranhão e Piauí também assinarão a denúncia, junto aos outros. Independentemente do resultado da investigação, há o entendimento de que se trata de um crime ambiental, já que o dano à natureza já foi consumado. 

Ao todo, 114 locais foram poluídos pelo material. “Se fosse um acidente, o responsável já teria comunicado às autoridades e procurado ajuda. Os seis estados presentes nessa reunião decidiram e vamos oficiar a PF e o MPF, para que se identifique a fonte causadora e para que isso não traga danos à economia, à população e, principalmente, ao meio ambiente”, afirma o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, José Bertotti.

Segundo Bertotti, há duas hipóteses para o espalhamento de petróleo nas praias. A primeira é que possa ter sido causada pela lavagem do lastro de um navio, crime ambiental comum em outras épocas. Já a outra tese é de acidente com navio, que não teria sido comunicado às autoridades.

A análise do material é realizada pela Marinha. Até o momento, foram coletados mais de 40 amostras de conteúdo nos oito estados afetados (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe). No caso de PE, PB, AL e RN, os testes atestam ser petróleo cru. As outras localidades ainda aguardam anúncio dos resultados.

“Temos a identificação de todos os navios que passam pela costa brasileira. Vamos identificar, em um espaço amostral, quais os navios que passaram, ver as características deles e as embarcações suspeitas serão notificadas, para que apresentem amostras e possamos checá-las em nosso banco de dados”, pontua Maurício Bravo, capitão dos portos de Pernambuco. “É difícil, mas é possível chegar ao responsável pelo dano, desde que as amostras dos navios sejam coletadas”, acrescenta. A informação vem do Diário de Pernambuco desta quarta-feira.

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