A ABI (Associação
Brasileira de Imprensa) protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal) uma
notícia-crime contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, no caso
do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ).
A petição (íntegra) foi motivada pela informação, dada por
Bolsonaro, de que ele e o filho Carlos Bolsonaro pegaram a gravação das ligações da portaria do
condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde ambos têm casa. De acordo
com o presidente, a ação foi feita para “evitar adulteração do conteúdo”.
O pedido foi encaminhado em 8 de novembro ao presidente do
STF, Dias Toffoli e tornou-se público hoje (15.nov). O relator do caso será o
ministro Alexandre de Moraes.
A associação afirma que Bolsonaro e Carlos “acessaram,
em data ainda imprecisa, por meios impróprios, elementos probatórios de uma
investigação criminal sigilosa e em andamento, os quais poderiam elucidar
o iter criminis percorrido pelos principais suspeitos do assassinato”.
A ação do presidente e de seu filho 02 “carece de
investigação”, segundo a ABI. Diz ainda que “é imperioso verificar quando
e de que modo ocorreu o acesso” aos áudios, e também se a Polícia já havia
realizado a perícia do material, “o que até o momento segue sem razoáveis
esclarecimentos“.
Partidos da oposição (PT, PDT e Psol) já haviam protocolado uma notícia-crime contra
Bolsonaro em 5 de novembro. À época, argumentaram que a ação de Bolsonaro ao
pegar as gravações trata-se de crime de responsabilidade não só dele, como do
ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), além de improbidade
administrativa de Moro e do vereador Carlos Bolsonaro. “Trata-se de uma
clara tentativa de destruição e/ou manipulação de provas”, completaram.
Veja matéria completa aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário