De acordo com o representante da Defensoria do Povo da
Bolívia em Cochabamba, Nelson Cox, oito pessoas foram mortas durante um
violento confronto com a polícia militar na em Sacaba, capital da província de
Chapare, no departamento de Cochabamba. Cox afirmou que as fatalidades são
manifestantes que foram transferidos a um hospital "com ferimentos de
bala", mas morreram antes de chegar às instalações, além disso, outras 125
pessoas ficaram feridas e 110 manifestantes foram detidos durante a manifestação.
Os manifestantes protestavam a favor do ex-presidente Evo
Morales e contra a atual presidente interina Jeanine Añez, segundo a polícia,
os agentes foram atingidos por equipamento letal e armas de fogo improvisadas e
ainda uma viatura foi alvejada por armas de fogo.
Evo Morales e Comissão de Direitos Humanos Reagem ao
ocorrido
Nas redes sociais, Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH), repudiou as ações dos agentes e destacou a
desproporcionalidade da força policial e o uso de armas de fogo para controlar
protestos.
“A CIDH manifesta sua preocupação com as ações das Forças
Armadas nas operações combinadas realizadas na Bolívia desde o início da
semana. As normas interamericanas estabelecem o dever de limitar ao máximo sua
participação no controle de distúrbios internos. O uso indiscriminado de gás
lacrimogêneo pelas forças policiais e militares na Bolívia prejudica seriamente
os padrões legais internacionais. O Estado tem o dever de respeitar o direito
humano a protestos pacíficos”, declarou a entidade no Twitter.
O ex-presidente Evo Morales também se manifestou nas redes
sociais, onde chamou o governo da atual presidente interina Jeanine Añez de
ditadura e pediu para que as forças especiais “parassem o massacre”.
“Pedimos às Forças Armadas e à Polícia Boliviana que parem
o massacre. O uniforme das instituições da Pátria não pode ser manchado com o
sangue do nosso povo. A ditadura de Jeanine Áñez e os golpistas Mesa e Camacho
desfrutam da cumplicidade dos ex-defensores do povo Albarracín e Villena de
massacrar as pessoas humildes que marcham pacificamente para voltar à
democracia. Eles terão que responder por crimes graves contra a humanidade.
Para justificar o golpe, Mesa e Camacho nos acusaram de "ditadura".
Agora, sua auto-nomeada ‘presidente’ e seu gabinete de advogados que defendem
estupradores e repressores massacram o povo com as Forças Armadas e a Polícia
como a verdadeira ditadura”, declarou o ex-presidente da Bolivia em seu
Twitter. Diário de Pernambuco.
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