Novas manchas de óleo foram avistadas neste sábado (16) na
região do Delta do Rio Parnaíba, região na divisa entre os estados do Maranhão
e Piauí. De acordo com a Capitania dos Portos local, homens da Marinha foram
deslocados para a região a fim de verificar a quantidade do material e iniciar
os trabalhos de limpeza das praias.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), o litoral do Piauí tem quatro pontos onde foram encontrados
vestígios esparsos de óleo. O número consta no balanço mais recente divulgado
pelo órgão, atualizado na última sexta (15), às 12h.
Devido ao aparecimento das manchas, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
do Estado do Piauí (Semar) comunicou que toda a orla da Praia de Atalaia,
localizada em Luís Correia, está imprópria para banho.
As manchas de óleo têm poluído o litoral do Nordeste
brasileiro desde o início de setembro. Segundo a Polícia Federal (PF), uma
embarcação grega é suspeita de ter causado o derramamento de óleo, que já
atingiu mais de 250 praias nordestinas brasileiras. A embarcação grega teria
atracado em 15 de julho na Venezuela, onde ficou por três dias antes de seguir
para Singapura, via África do Sul.
As investigações contaram com a participação da Marinha, do Ministério Público
Federal, do Ibama, da Agência Nacional do Petróleo, Universidade Federal da
Bahia, Universidade de Brasília e Universidade Estadual do Ceará, além de uma
empresa privada do ramo de geointeligência.
Dessa forma foi possível localizar a mancha inicial do óleo, a 700 km da costa
brasileira (em águas internacionais), de extensão ainda não calculada. A partir
da localização da mancha inicial, foi possível estimar que o derramamento deve
ter ocorrido entre os dias 28 e 29 de julho. Fazendo uso de técnicas de
geociência, foi possível chegar “ao único navio petroleiro que navegou pela
área suspeita”, naquela data, segundo a PF. Por: Agência Brasil.
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