Em entrevista ao Uol publicada
nesta segunda-feira (4), João Pedro Stédile, coordenador nacional do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criticou as medidas econômicas
adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seu ministro da Economia, Paulo
Guedes, e afirmou que “o futuro que nos aguarda é o Chile”.
“Enquanto permanecer esse tipo de política, essa visão
estúpida do Guedes, o futuro que nos aguarda é o Chile [em referência às
medidas liberais na economia e às recentes manifestações populares contra o governo
chileno]”, disse o coordenador do MST.
Para Stédile, os brasileiros também se rebelarão contra a
agenda neoliberal do governo.
“Em algum momento esse povão vai se dar conta e ele vai se
levantar por algum motivo que não sei por que nem quando, mas tenho certeza,
olhando a história do Brasil e a história da América Latina, que certamente o
povo brasileiro vai se levantar e vai se levantar muito antes do que o
Bolsonaro imagina”, avalia.
Questionado sobre as promessas de repressão do presidente
Bolsonaro e um dos filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), caso
manifestações como as do Chile ocorram no Brasil, o líder do MST disse que o
presidente “não tem base social nem nas Forças Armadas” para cumprir isso.
Sobre a prisão política do ex-presidente Lula (PT), o
Stédile afirmou que ele foi “sequestrado” pelo ex-juiz Sérgio Moro e pelo
procurador Deltan Dallagnol para ser impedido de ganhar as eleições de 2018.
“Moro e Dallagnol foram os capitães do mato da burguesia
brasileira”, disse.
Na entrevista, Stédile também falou sobre as ocupações do
MST e o Papa Francisco e previu que Lula será solto “em semanas” e que
Bolsonaro irá para a “lata do lixo da história”. (Blog do Esmael)
Nenhum comentário:
Postar um comentário