O número de localidades atingidas por óleo continua
aumentando e chegou a 998, segundo balanço divulgado na sexta-feira, 3, pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama). Praias, mangues, rios e áreas de proteção ambiental de ao menos 130
municípios de todos os nove Estados do Nordeste, do Espírito Santo e do Rio de
Janeiro foram afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de
agosto.
O balanço também indica que 471 localidades ainda têm
fragmentos da substância e 527 são consideradas "limpas". Para o
Ibama, uma localidade equivale a uma área de até um quilômetro de extensão.
Embora o petróleo não seja mais encontrado em grandes
manchas, a presença de pequenas partículas da substância exige um trabalho de
mais difícil remoção e também tem impacto no meio ambiente, principalmente à
fauna.
Dentre os locais ainda com óleo, cerca de 30 ficam na Área
de Proteção Ambiental Costa dos Corais, maior unidade de conservação federal
marinha costeira do Brasil, com cerca de 120 quilômetros de praias e mangues.
Em relação à fauna, ao menos 159 animais oleados foram
identificados pelo Ibama. Os dados se referem especialmente a tartarugas
marinhas (105) e aves (39).
A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em
30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material
foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de
outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a
primeira mancha identificada na Mata de São João. Por fim, fragmentos são
encontrados no Espírito Santo, desde 7 de novembro, e no Rio de Janeiro, desde
22 de novembro.
Ao todo, foram retiradas mais de 4,5 mil toneladas de
petróleo e itens contaminadas com o óleo, tais como baldes e equipamentos de
proteção. Por: AE
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