O Ministério da Educação (MEC) informou na noite desta
segunda-feira, 27, que vai suspender por tempo indeterminado a abertura de
inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni). Segundo o
ministério, como a divulgação do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) está
suspenso pela Justiça Federal, não é possível dar continuidade ao cronograma de
outros programas do ensino superior.
As inscrições para o ProUni teriam início nesta
terça-feira, 28. Apesar de não abrir as inscrições, o ministério diz que os
estudantes poderão consultar as 251 mil bolsas que serão ofertadas.
No domingo, 23, a presidente do Tribunal Regional Federal
da 3ª Região (TRF-3), desembargadora Therezinha Cazerta, rejeitou o pedido da
AGU para derrubar a decisão que suspendeu a divulgação do Sisu. Para ela, os
entendimentos da Justiça Federal de São Paulo "nada mais fizeram do que
proteger o direito individual dos candidatos do Enem a obterem, da
administração pública, um posicionamento seguro e transparente a respeito da
prova que fizeram".
"Os cronogramas definitivos dos programas de acesso à
educação superior serão publicados após descisão final da justiça, tendo em
vista que o resultado do Sisu é condição necessária para inscrição no ProUni e
Fies", disse o ministério em nota.
O caso
Na segunda-feira, 20, o MEC divulgou ter identificado erro
na correção de 5.974 provas, de 3,9 milhões participantes da última edição da
prova. O ministro Abraham Weintraub garantiu que, após essa análise, todos os
candidatos estavam com as notas corretas e, por isso, abriria as inscrições no
Sisu. No entanto, não foi apresentado nenhum documento ou estudo técnico sobre
o procedimento feito.
O erro só foi identificado pelo ministério após reclamação
dos alunos. O ministro Abraham Weintraub admitiu o erro depois de afirmar
diversas vezes que a gestão Bolsonaro havia feito o "melhor Enem da
história".
Apesar de ter informado que encontrou erro em 5,9 mil
provas, o MEC recebeu mais de 175 mil pedidos de recorreção da nota, mas não
respondeu aos candidatos se fez uma reavaliação ou uma justificativa que
comprovasse que a correção estava segura. Por: Agência Estado
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