O combate às violências contra crianças e adolescentes é o
foco do ciclo de formações de profissionais municipais e de uma série de
sensibilizações a rede hoteleira, comércio, barraqueiros e taxistas dos
principais pólos carnavalescos no Estado. Nesta quinta-feira (13), na cidade de
Bezerros, equipes da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e
Juventude (SDSCJ) reuniram técnicos dos municípios de Bezerros, Triunfo,
Arcoverde e João Alfredo para a oficina que abordou temas como a consolidação
da rede de proteção, a identificação de casos e a forma de atendimento às
vítimas. A atividade já aconteceu em Nazaré da Mata, no último dia 5.
Para dar continuidade à ação, as equipes vão realizar um
trabalho de conscientização sobre as principais violações que ocorrem durante o
Carnaval, como exploração e abuso sexual, trabalho infantil e venda de bebidas
alcoólicas. A abordagem vai orientar e distribuir para a população materiais
informativos, além de adesivar em pontos estratégicos e entrega de folders com
orientações sobre os tipos de casos, como identificá-los e onde realizar a
denúncia. A abordagem social vai acontecer nos pontos de folia de Itamaracá,
Jaboatão dos Guararapes e Olinda, além do Terminal Integrado de Passageiros
(TIP), no Recife, entre os dias 17 e 20 de fevereiro.
A formação faz parte das ações do programa estadual Atenção
Redobrada, que age em eventos de médio e grande porte desenvolvendo ações
contra o trabalho infantil, a exploração sexual, o consumo de substâncias
psicoativas e a venda de bebidas alcoólicas, situação de rua e outras violações
de direitos a crianças e adolescentes. “As capacitações são estratégias de
fortalecimento da rede de proteção onde, na perspectiva da garantia de
direitos, são discutidas formas de atuação para o acolhimento da vítima, como
deve ser o fluxo de atendimento e a metodologia dos espaços físicos de
proteção, que são construídos nos pólos carnavalescos para acolher crianças em
situação de risco e vulnerabilidade. É um momento onde conseguimos levar novos
métodos de trabalho, trocar conhecimento e quebrar paradigmas”, ressalta o
secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes.
As oficinas vivenciais são ministradas pelo gerente
estadual de Políticas para a Criança, Macdouglas de Oliveira. Durante os
encontros, ele destaca a importância do profissional compreender a vivência das
vítimas e de consolidar a rede de proteção. “Para que a gente construa política
pública para a criança, a gente constrói pelo nosso olhar, pelo que eu entendo
que a criança necessita. Mas precisamos também entender a fala da criança. Além
disso, devemos pensar sobre a nossa rede de proteção, que tem que ser segura
para não deixar de garantir os direitos. Os profissionais precisam se olhar, se
reconhecer, trabalhar em conjunto. Se isso não acontece, aquela criança, aquela
família estará sempre em vulnerabilidade social e sempre voltando ao serviço
socioassistencial”, pontua o gerente.
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