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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Lewandowski é o relator do pedido de impeachment do ministro Abraham Weintraub


Mirella Araújo/Jc Online

A denúncia contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub, impetrada por um grupo de parlamentares, entre deputados federais e senadores, no Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de responsabilidade, já tem relator: o ministro Ricardo Lewandowski. O pedido de impeachment, que conta com o apoio de mais de 20 parlamentares, incluindo os deputado federais pernambucanos João Campos (PSB), Raul Henry (MDB) e Danilo Cabral (PSB), se baseia no relatório feito pela Comissão Externa de Acompanhamento do Ministério da Educação (MEC).

O colegiado, presidido pela deputada federal Tabata Amaral (sem partido) e que tem o deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) como relator, elenca uma série de ações do ministro que são “contrárias às finalidades do órgão que comanda, promovendo uma série de desmontes”. O grupo representado por 10 partidos, critica a ausência de políticas de alfabetização, que foram colocadas como prioridades quando o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo.

As falhas no Exame Nacional do Ensino Médio 2019, foi outro ponto enfatizado pelos parlamentares, além da perda de R$ 1 bilhão oriundo do montante resgatado pela Operação Lava Jato. "O ministro teve a capacidade de perder R$ 1 bi da Lava Jato. O Enem foi uma tragédia anunciada que colocou em risco o futuro dos estudantes. O volume de assinaturas mostra que, mesmo discordando no dia a dia, o que nos une é a busca por soluções para a Educação", afirmou Tabata

“A denúncia é baseada em quase um ano de reuniões, requerimentos e análises. Há um relatório robusto comprovando a ineficiência. A Educação é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do país, mas vem sendo tratada com irresponsabilidade", declarou Rigoni

Para o deputado federal João Campos, coordenador da Comissão Externa, o pedido de impeachment do ministro da Educação, Abraham Weintraub, se dá “por todo retrocesso que ele representa à educação do Brasil”. “Se o cenário já era difícil antes de sua gestão, hoje se consolida a conclusão de que não temos um planejamento estratégico para o MEC”, declarou Campos em seu Instagram, no dia que o pedido foi protocolado.

“Até aqui não existe uma proposta objetiva do governo Bolsonaro para a Educação brasileira. Não existiu com o ex-ministro Ricardo Vélez e não existe com Abraham Weintraub. Só o que temos visto é o ministro agredir educadores, estudantes, quem milita a favor da educação”, declarou o deputado federal Danilo Cabral, que já havia protocolado nesta semana um requerimento para que o ministro comparecesse à Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre as inconsistências do Enem.

Abaixo-assinado
O abaixo-assinado criado pelo grupo de parlamentares para o pedido de impeachment do ministro Abraham Weintrabu conta com o apoio e assinatura de parlamentares de partidos como o PSB, PDT, PCdoB, Rede, Cidadania, MDB, PV, PT, PSDB e Psol. Eles estão usando as redes sociais para pedir o apoio da população, já que o documento pode ser assinado por qualquer cidadão.

Senadores:
Alessandro Vieira (Cidadania)
Fabiano Contarato (Rede)

Deputados:
Alexandre Frota (PSDB)
Alexandre Padilha (PT)
Aliel Machado (PSB)
Danilo Cabral (PSB)
Edmilson Rodrigues (PSOL)
Fabiano Tolentino (Cidadania)
Felipe Rigoni (PSB)
Fernanda Melchionna (PSOL)
Fabiano Tolentino (Cidadania)
Gil Cutrim (PDT)
Henrique Fontana (PT)
João Campos (PSB)
Joênia Wapichana (REDE)
Marcelo Calero (Cidadania)
Marcio Jerry (PCdoB)
Margarida Salomão (PT)
Maria do Rosario (PT)
Pedro Uczai (PT)
Perpétua Almeida (PCdoB)
Professor Israel (PV)
Rafael Motta (PSB)
Raul Henry (MDB)
Reginaldo Lopes (PT)
Rodrigo Agostinho (PSB)
Rosa Neide (PT)
Tabata Amaral (PDT)

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