A curva de crescimento dos casos de Covid-19 está apenas no
início, mas estados brasileiros já enfrentam problemas para suprir a demanda
por leitos, fazendo malabarismo para poder atender a casos graves da doença. A
situação mais crítica se concentra no Norte e Nordeste, onde Amazonas, Ceará,
Pernambuco e Pará atingiram 90% da capacidade de ocupação. Rio de Janeiro e São
Paulo, unidades federativas com número recorde de mortes, também
preocupam.
“Com taxa já elevada de ocupação dos leitos, atrelada ao
crescimento da curva de casos e ao período geralmente mais longo de internação
que a doença está demandando, a tendência nas próximas semanas é que essa
necessidade de rejeitar (pacientes) se confirme”, prevê Marcelo Gomes,
pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe.
Segundo Gomes, os esforços de contenção fazem efeito. No
entanto, afrouxar as práticas sem critérios pode colocar tudo a perder. “A
população precisa fazer mais esse sacrifício para que os gestores tenham tempo
de preparar o sistema de saúde. Essa é a maneira de contribuir com os
profissionais de saúde, não jogando a eles a carga de ter que escolher entre
vida”. Por Bruna Lima do Diário de PE.
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