Guilherme Mazieiro do UOL, em Brasília
A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos
Humanos) defendeu a prisão de prefeitos e governadores em reunião ministerial.
As declarações da ministra foram feitas na reunião do dia 22 de abril, apontada
por Sergio Moro (ex-ministro da Justiça) como prova de que Jair Bolsonaro (sem
partido) queria ter acesso a investigações sigilosas e interferir na Polícia
Federal.
A assessoria de imprensa da ministra confirmou ao UOL as
falas e afirmou que Damares se manifestou dentro de um contexto de defesa dos
direitos humanos e da administração pública. E que ela já defendeu esse
posicionamento em outras falas, antes da reunião.
A pasta informou que Damares defende a prisão para aqueles
que violarem os direitos humanos como prisões de pessoas que furem isolamento
nas ruas, comerciantes algemados e agressão a idosos, e para prefeitos e
governadores que desviarem verbas e cestas básicas.
A reprodução do vídeo de cerca de duas horas aconteceu hoje
para partes do processo (Moro, investigadores, integrantes da Advocacia-Geral
da União e Procuradoria-Geral da República). O material foi apresentado pelo
governo Bolsonaro à PF (Polícia Federal), que investiga as denúncias de que o
presidente queria interferir politicamente na corporação e ter acesso a
investigações sigilosas.
O UOL revelou que nesta reunião o ministro Abraham
Weintraub (Educação) xingou os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O
ministro disse que a Corte era composta por onze filhos da puta. Um deles é o
destinatário do vídeo.
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