A crise política que surgiu no país nos últimos meses
devido aos constantes embates entre o presidente Jair Bolsonaro e os
governadores teve uma pausa momentânea ontem, quando o chefe do Executivo
conversou com os líderes estaduais pela primeira vez desde março para discutir
a situação da pandemia do novo coronavírus. Em um tom mais ameno e
harmonioso, o comandante do Planalto prometeu aos gestores sancionar até hoje o
projeto de lei de socorro financeiro da União a estados e municípios em
razão da crise causada pela covid-19 e ainda deixou a porta aberta para futuras
reuniões.
Bolsonaro recebeu apoio dos governadores para vetar o
trecho do projeto de auxílio financeiro que permite o reajuste salarial a
algumas carreiras do funcionalismo público. O governo federal quer retirar o
dispositivo do texto para garantir uma economia aos cofres públicos de R$ 130
bilhões pelos próximos 18 meses e congelar as recomposições, pelo menos, até o
fim de 2021. Por sua vez, o mandatário garantiu que “as progressões e as promoções
vão continuar ocorrendo normalmente”.
“Ao longo das últimas semanas foi conversado o que o
servidor poderia colaborar em um momento crítico como esse. Tiveram várias
propostas, como redução de 25%, e chegamos à conclusão de que congelando os
proventos e remuneração até fim do ano que vem esse peso seria menor, mas de
extrema importância para todos nós. Bom para o servidor, porque o remédio é o
menos amargo, mas de extrema importância para os 210 milhões de habitantes do
Brasil”, ressaltou Bolsonaro.
Ele comprometeu-se a manter na proposta o artigo que propõe
que estados e municípios possam realizar aditamento contratual que suspenda os
pagamentos devidos neste ano de operações de crédito interno e externo
celebradas com o sistema financeiro e instituições multilaterais de crédito. Os
governadores também pediram que a primeira parcela do auxílio fosse repassada
ainda neste mês. (Correio Braziliense)
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