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segunda-feira, 15 de junho de 2020

'Farei uma transição coordenada', diz Mansueto ao confirmar saída do governo

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida se prepara para deixar o governo de Jair Bolsonaro. Segundo disse à Folha de S.Paulo, desde o final do ano passado já pensava em deixar as funções públicas, mas adiou a saída por causa da crise do coronavírus.

"Eu já vinha conversando com o ministro Paulo Guedes e há algumas semanas disse que anunciaria minha saída no final de junho, mas a informação vazou e tenho que antecipar o anúncio", disse. "Mas não vou sair nos próximos dias, vou sair em agosto porque farei uma transição coordenada", disse Mansueto à Folha de S.Paulo.

Mansueto diz que deixa o governo porque precisa descansar. "As pessoas precisam ter em mente que sou o único que estava no governo anterior e permaneceu no atual, estou desde 2016 e não aguento ficar até o final do governo porque eu preciso descansar", afirmou. 

Mansueto contou que deixaria o governo no início do ano, no entanto, a crise do coronavírus protelou a decisão. Agora, seria o momento adequado porque está se iniciando uma nova fase para a gestão econômica, a fase que ele chama de pós-Covid e vai demandar medidas para a recuperação e retomada da atividade.

"Ou saía agora, ou não saía, porque é preciso que seja o mesmo secretário acompanhando esse novo momento", disse Mansueto.

Segundo ele, há vários bons candidatos para substituí-lo, mas caberá ao ministro Guedes falar em nomes. "O importante é que meu sucessor vai encontrar uma equipe muito técnica", afirmou.

Mansueto disse que ainda não sabe para onde vai e decidirá durante a quarentena, o período de seis meses em que agentes públicos precisam cumprir antes de assumir cargos na iniciativa privada.

"Tem gente dizendo que já conversei aqui e ali. Não é verdade. Seria maluquice eu estar no governo e vendo para onde ir. Vou definir isso na quarentena depois que sair", afirmou. "Mas uma coisa eu já posso garantir vou continuar escrevendo e contribuindo para o debate fora do governo." Por Folhapress

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