Oficiais e praças aposentados das Forças Armadas trabalham em ministérios, comandos e tribunais militares. São 8.450 ao todo, segundo levantamento exclusivo do Poder360.
“TAREFA POR TEMPO CERTO”
Esse é o nome da modalidade de
contratação de militares da reserva. Ao assumir a função, eles ganham bônus de
30% sobre o salário. A “tarefa por tempo certo” pode durar até 10 anos.
As informações publicadas nesta reportagem são parte do
1º levantamento sobre os militares da reserva nessa modalidade de contratação.
Não existe, portanto, comparação com anos e governos anteriores.
O dado não inclui inativos recontratados em cargos de
comissão (DAS). O TCU (Tribunal de Contas da União) prepara 1 levantamento
desses casos. O pedido foi
aprovado depois de reportagem do Poder360.
Uma portaria do
comandante do Exército publicada em abril de 2019 autoriza que até 7.000
militares inativos prestem tarefa por tempo certo.
NA ATIVA: 2.930
O Poder360 já mostrou a
distribuição dos militares da ativa nos Três Poderes: 92,6% deles estão no
governo Bolsonaro, e 7,2%, no Judiciário. Só 1 trabalha no Congresso (0,03%).
DUAS FRENTES DE APURAÇÃO
O Poder360 conseguiu os números dos inativos da
Marinha a partir da LAI (Lei de Acesso à Informação). Os da Aeronáutica e do
Exército foram remetidos pelas assessorias dos comandos.
SIGILO NA FÁBRICA
Dos militares que atuam fora dos quartéis, 129 estão
cedidos à Imbel, a fábrica de armamentos do governo. Denúncia do MP considera o
ato irregular.
A empresa conseguiu na 7ª Vara da Justiça do Trabalho que
o processo tramite em segredo de Justiça. O ato deixou os técnicos do MP
surpresos, dado o baixo potencial da denúncia, que envolve simples disputa
trabalhista.
O Ministério Público contou todos os militares ao apresentar a denúncia, ainda em 2018. Os procuradores questionam o fato de a empresa não convocar concursados para a estatal. Fonte: Poder360
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