trabalho realizado pelo Governo de Pernambuco para
enfrentar a pandemia vêm mostrando resultados robustos na indústria. Dados da
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE de junho de 2020,
divulgados nesta terça-feira (11/08), registraram um crescimento de 2,8% no
mês, no comparativo com o mesmo mês de 2019. A alta marca Pernambuco como o
melhor desempenho do Nordeste e o segundo do Brasil no mês. O comportamento
local vai na contramão do nacional, que teve retração de 9,0% na mesma base. O
dado fica ainda mais relevante quando se analisa a indústria de alimentos. Com
o crescimento no Estado em junho 2020, de 13,4% (contra junho/2019), o setor se
posicionou como o maior crescimento acumulado do ano do Brasil, de 19,6%. O
desempenho foi quase o dobro do segundo colocado, Minas Gerais (11,2%), e cerca
de cinco vezes maior que o crescimento nacional, de 3,7%.
“O diálogo com a indústria foi implantado assim que a
pandemia se instalou, para que a gente entendesse o cenário e planejasse uma
forma de atravessar. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico criou medidas
para evitar que a indústria tivesse atividades paralisadas, diferente de outros
estados do Nordeste; também criou um comitê de abastecimento, para garantir a
distribuição de itens essenciais para os pernambucanos nos pontos de venda e
que favoreceu os segmentos de alimentação e de itens de higiene, além de
ajustes de ordem fiscal para que os Centros de Distribuição tivessem impulso.
Então foi um pacote de ações para que o setor por completo respirasse e
mantivesse ritmo de operação”, destacou o secretário de Desenvolvimento
Econômico, Bruno Schwambach.
De acordo com a secretária Executiva de Políticas de
Desenvolvimento Econômico, Maíra Fischer, o Estado de Pernambuco conta com uma
estrutura produtiva robusta e diversificada de indústrias e o setor de
alimentos tem sido protagonista no fortalecimento de cadeias existentes e nas
políticas de atração de novos empreendimentos industriais para cá. “A
instalação da Masterboi, no município de Canhotinho, no Agreste de Pernambuco;
a consolidação do polo avícola no Agreste pernambucano e o complexo de Suape,
que abriga grandes empresas de alimentos conectando aos principais mercados
consumidores do Norte e do Nordeste são exemplos do esforço para atração e
manutenção de empresas de influência regional e nacional”, destacou.
No âmbito regional, o segmento liderou a criação de valor
agregado do Nordeste, com R$ 6,46 bilhões, e se marcou como a 8ª do Brasil.
Também é a que mais emprega trabalhadores do Nordeste, 74.807 pessoas, e a 7ª
do Brasil, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (IBGE, 2018). Nesta
última pesquisa, o setor conta com um Valor Bruto de Produção (VBP) da ordem de
R$ 14,38 bilhões, sendo o 10º do Brasil, que representa 19,7% do VBP de
Pernambuco.
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