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terça-feira, 18 de agosto de 2020

“Nunca passei por isso”, diz médico hostilizado em hospital que atendeu menina estuprada

O médico Olímpio Barbosa de Morais Filho, gestor executivo e diretor do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), comentou nesta segunda-feira sobre o procedimento de interrupção de gravidez realizado em uma menina de 10 anos que foi estuprada pelo tio no Espírito Santo.

Em entrevista à rádio Bandeirantes FM, o médico criticou as manifestações realizadas no domingo (16) em frente ao hospital, que fica no Recife (PE).

“Foi de tristeza, pessoas que defendem a vida chamando a criança de assassina, querendo fazer justiça dessa forma, logo em uma maternidade que acolhe mulheres em risco, fazendo barulho em um hospital com 104 mulheres internadas. Nunca passei por nada parecido”, disse o médico.

A menina foi transferida de São Mateus, no norte do Espírito Santo, para o Recife, após decisão do juiz Antonio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude do município onde ela mora, que autorizou a realização do aborto.

“Se nós não fizéssemos nada, o Estado brasileiro estaria conivente com a dor e a violência. O mais importante é que ela não queria, foi torturada, obrigar uma criança a ter uma gravidez forçada é um absurdo”, afirmou à rádio Bandeirantes. (Fonte:IstoÉ).

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