O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Núcleo de Inteligência do MPPE (Nimppe), órgãos do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio levantamentos realizados em bases de dados, apuraram uma grande quantidade de auxílios emergenciais concedidos pelo Governo Federal a cidadãos por causa da pandemia de Covid-19 estão irregulares. As investigações revelaram indícios de que 14.170 servidores estaduais e municipais (ativos e inativos) obtiveram o auxílio emergencial.
Segundo as investigações, servidores com vínculos municipal ou estadual, e que
integravam a folha de pagamento do poder público em abril de 2020, teriam sido
contemplados com o auxílio emergencial. Estima-se que o pagamento indevido do
auxílio teria chegado a um montante de R$ 9.965.400,00.
“A partir de notícias recebidas sobre a possibilidade de existência de
servidores receberem indevidamente o auxílio emergencial, o Gaeco e o Nimppe
partiram para um levantamento e um cruzamento de dados a fim de aferir as
denúncias. Ainda é um levantamento preambular, que será disponibilizado aos
promotores de Justiça de cada município para que deem continuidade às
apurações, sempre com auxílio do Gaeco e do Nimppe”, afirmou o coordenador do
Gaeco, o promotor de Justiça George Diógenes Pessoa.
O MPPE, entretanto, alerta que as pessoas identificadas podem ter sido vítimas
de fraudadores, que usaram seus dados. “Há um indício de fraude, quer seja por
parte do servidor ou de alguém que usou indevidamente os dados dele”, salientou
George Diogenes Pessoa.
Petrolina, Pesqueira, Garanhuns e Saloá são os municípios que possuem o mais
elevado número de servidores que receberam auxílio emergencial. Também foi
constatado pelo MPPE que em 155 municípios pernambucanos, pelo menos um
servidor recebe auxílio emergencial.
O levantamento realizado será encaminhados aos promotores
de Justiça dos municípios em que foram identificados a presença dos mencionados
servidores, para o aprofundamento das investigações sobre a possível fraude.
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