Se na época de FHC o frango era símbolo de uma fugaz “prosperidade” dos brasileira, que custava 1 real o quilo, por volta de 1994, paradoxalmente, nesses tempos de Jair Bolsonaro, o preço da carne da ave congelada pode chegar até 14 reais, dependendo do corte.
A carne vermelha é algo mais proibitiva ainda, que custa
o olho da cara. Um kg de fraldinha de costela, por exemplo, dependendo do
açougue, chega a valer entre 26 reais e 50 reais.
Dito isso, para agravar a situação dos mais pobres, o
governo Bolsonaro cortou o auxílio emergencial para 300 reais nas próximas
parcelas até dezembro. Depois acaba a ajuda iniciada na pandemia, que era de
600 reais.
A disparada dos preços dos alimentos e o corte do auxílio
emergencial coloca cerca de 65 milhões de brasileiros, quase uma França
inteira, sob insegurança alimentar, qual seja, sob a ameaça da fome.
O súbito aumento dos alimentos nas prateleiras dos
supermercados tem a ver com a grave crise econômica, a disparada do dólar, mas,
mais ainda, tem relação direta com a falta de controle de estoques pelo governo
que se gaba de não controlar nada.
O
pacote de 5 quilos de arroz, por exemplo, chegou a custar 42 reais no
começo deste mês. O que fez Bolsonaro? Sugeriu que as pessoas passassem a comer
macarrão no lugar.
O problema para qual o governo ainda não se atentou é que
todos os demais itens alimentícios tiveram alta justamente pela falta de
controle de estoque, uma regra básica para governos de direita, esquerda ou
centro com um cérebro maior que uma azeitona. Mas isso não parece ser o caso de
Bolsonaro…
O governo Jair Bolsonaro também erra ao atribuir a
disparada dos preços dos alimentos ao auxílio emergencial de 600 reais. Se
fosse verdade essa premissa, a comida estaria mais farta na mesa dos 65 milhões
de vulneráveis brasileiros. O frango, a fraldinha e o arroz estariam custando a
metade, 7 , 13 e 21 reais.
As
mentiras que o governo Jair Bolsonaro contou no discurso que fez na abertura da
75ª Assembleia Geral da ONU, na terça-feira (22), não resistiram mais que
poucos minutos. O presidente disse durante sua intervenção virtual que a ajuda
emergencial foi de 1.000 dólares para cada um dos 65 milhões de necessitados,
cerca de 5,5 mil reais, porém, na verdade, chegou ao máximo 4,2 mil reais se o
beneficiado recebeu todas as parcelas desde o início da pandemia.
Portanto, Bolsonaro
faz um governo da fome e da miséria –bem diferente daquele pintado por
ele na ONU e insistentemente desmentido no Brasil e no mundo. Foi o que publicou o Blog de Esmael.
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