Em nota enviada à imprensa, os advogados Ticiano
Figueiredo e Pedro Ivo Velloso disseram que Chico Rodrigues não está envolvido
em nenhum esquema de corrupção e que "o dinheiro tem origem particular
comprovada". Entretanto, a defesa não explicou o motivo de o senador ter
escondido os R$ 33,1 mil na própria cueca.
Na última semana, Chico Rodrigues foi flagrado com o
dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal que apura um esquema
de desvio de recursos públicos que deveriam ter sido aplicados no combate à
pandemia da covid-19 em Roraima. De acordo com a corporação, teriam sido
desviados mais de R$ 20 milhões em emendas parlamentares.
Segundo a defesa do parlamentar, contudo, "os
recursos destinados por emenda parlamentar à Covid-19 em seu estado seguem nas
contas do governo, de forma que nem ele, nem ninguém, poderia deter esses
recursos".
Terrorismo policial
Ainda de acordo com os advogados, a operação que abordou
o senador foi um caso de "terrorismo policial". A defesa também
afirmou que "ter dinheiro lícito em casa não é crime" e que "o
único ato ilícito deste caso é o vazamento dos registros da diligência policial
arbitrária que ele sofreu".
"Em 30 anos de vida pública, o senador nunca sofreu
uma condenação e agora está sendo linchado por ter guardado seu próprio
dinheiro. Foi uma reação impensada, de fato, mas tomada diante de um ato de
terrorismo policial, sem que haja qualquer evidência de desvio em sua
conduta", destacaram os advogados.
No comunicado, a defesa do congressista ainda lamentou o
"linchamento" que Chico Rodrigues tem sofrido por conta do escândalo.
"A defesa do senador Chico Rodrigues manifesta sua perplexidade com o
linchamento sofrido por ele, sem que haja qualquer prova contra sua
conduta", afirmaram. (Correio Braziliense)
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