“Vamos esperar pelo menos 48 horas. Se até 6ª feira não
houver nenhuma medida de recuo por parte do governo federal para fazer aquilo
que deve fazer, apoiar as vacinas, inclusive a vacina do [Instituto] Butantan,
que é a vacina do Brasil, nós saberemos quais medidas poderão ser adotadas,
seja por São Paulo, seja pelos governadores”.
O governador falou logo depois de 1 encontro com o
presidente do Supremo, ministro Luiz Fux. Doria disse que foi uma visita de
cortesia. Segundo ele, os 2 também debateram processo em tramitação no STF a respeito da cobrança do ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o gás da Bolívia. Os
paulistas são parte na ação.
Na 3ª feira (20.out.), o Ministério da Saúde havia
anunciado que iria adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac.
Eis o anúncio (84 KB) feito pela pasta. Nesta 4ª (21.out),
no entanto, o presidente Jair Bolsonaro decidiu cancelar o acordo.
A reportagem do Poder360 apurou que Bolsonaro
enviou mensagens a ministros com o seguinte teor: “Alerto que não
compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com
João Doria sobre covid-19“.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio
Francoque, disse que houve “interpretação equivocada” do
acordo firmado pela pasta para a aquisição de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina
contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em
parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
Depois do encontro com Fux, Doria afirmou que não
trataria seu ministro da Saúde “como o presidente Bolsonaro trata o seu”.
O tucano disse que os governadores devem ter uma reunião nos próximos dias,
ocasião em que devem “se posicionar” a respeito das medidas a serem
adotadas no caso.
Assista (6min39seg) à entrevista do governador, em Brasília, nesta 4ª feira (21.out):
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