Bolsonaro, no entanto, tem evitado anunciar medidas
polêmicas que desgastam a sua imagem e causem intrigas entre os subordinados
antes das eleições. Não à toa, o relatório com os detalhes do financiamento
programa que vai substituir o Bolsa Família, prometido para hoje pelo senador
Marcio Bittar (MDB-AC), ficou para a semana que vem.
O parlamentar é relator do Orçamento de 2021 e da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Pacto Federativo e da PEC
Emergencial — que regulamenta os gatilhos que precisam ser acionados no caso de
descumprimento do teto de gastos —, na qual será incluído o Renda Cidadã. Ele
disse que vai precisar de, pelo menos, mais uma semana para fechar o texto das
duas PECs. “É melhor gastar mais uns dias e apresentar algo que esteja
consensual”, disse Bittar, ontem, após reunião com Bolsonaro no Palácio do
Planalto.
O senador evitou especular sobre nova forma de
financiamento, após a polêmica sugestão da semana passada, que previa o calote
em precatórios –– dívidas judiciais do governo. A medida foi descartada em
seguida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, devido à péssima repercussão
nos mercados. Além do adiamento em precatórios, Bittar tinha sugerido também
usar uma porcentagem do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica (Fundeb) para financiar o Renda Cidadã, o que provocou críticas de
vários parlamentares. Ele afirmou que está sendo construído um consenso em
torno da nova proposta. (Correio Braziliense)
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