Em assembleia realizada por meio de videoconferência, o
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e mais de
1.500 professores
e trabalhadores da rede estadual de ensino optaram por decretar a greve. No
entanto, a categoria informou que vai realizar nova assembleia no dia 5 de
outubro, um dia antes do inicio das aulas, para decidir se a greve vai continuar.
A terceira reunião com o Governo de Pernambuco terminou sem acordo.
Já os professores da rede privada de Pernambuco decidiram
entrar em estado de greve. Na contramão, o Sindicato
das Escolas Privadas de Pernambuco ingressou na Tribunal de Justiça de
Pernambuco (TJPE) pedindo a volta das aulas presenciais em todas as
séries da rede privada de ensino, revelou o presidente do Sinepe-PE, José
Ricardo Diniz.
Cronograma das aulas
O Governo de Pernambuco anunciou as datas de retorno das aulas presenciais, começando com os estudantes que estão no 3º ano do ensino médio, a partir do dia 06 de outubro, do 2º ano para o dia 12 de outubro e 1º ano no dia 20 de outubro. As aulas presenciais para as crianças seguem proibidas para rede pública quanto para a rede privada. Com isso, os alunos (as) continuam com aulas de forma online, através da internet.
De acordo com o secretário de educação de Pernambuco,
Fred Amancio, o retorno é opcional, ou seja, os pais decidem se vão deixar seus
filhos, menores de idade, retornarem as aulas presenciais. A volta das
aulas já estavam autorizadas para o ensino superior e cursos técnicos, com
protocolos de segurança contra o novo coronavírus.
Texto do Sindicato dos professores na íntegra
Na última sexta-feira (2), o setor jurídico do Sinpro Pernambuco entrou
com uma ação civil pública, visando a revogação do retorno das aulas
presenciais no estado.
A ação foi movida no intuito de preservar o mais importante de todos os
direitos, a vida. O sindicato, além das alegações mais gerais acerca do fato,
também aponta que as experiências ocorridas em outros estados vêm mostrando o
quanto esse retorno não é viável ao povo e o poder público tem por obrigação,
proteger as pessoas dessa pandemia.
O retorno às aulas presenciais só atende os interesses empresariais,
principalmente para que as escolas particulares voltem a cobrar suas
mensalidades no valor integral, em detrimento da saúde e da proteção da vida da
comunidade escolar.
A maioria das famílias são contra esse retorno, assim como as entidades
estudantis e os(as) professores(as). Muitas escolas em todo estado, também já
oficializaram que continuarão em suas rotinas remotas.
Esperamos que a justiça se estabeleça ao lado da vida e do direito.
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