Do UOL, em São Paulo
A taxa de desemprego no país subiu e chegou a 14,6% no
terceiro trimestre. Essa é a maior taxa registrada na série histórica, iniciada
em 2012. No total o Brasil tem 14,1 milhões de pessoas desempregadas.
Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento de
1,3 ponto percentual (13,3%). Isso significa que mais 1,3 milhão de pessoas
entraram na fila em busca de um trabalho no país.
Os dados foram divulgados hoje e fazem parte da Pnad
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ontem, o governo comemorou os dados
de emprego do Caged de outubro, com saldo positivo de 394.989 vagas
formais. Porém, esses números consideram apenas empregos com carteira assinada,
enquanto a pesquisa do IBGE divulgada hoje leva em consideração o mercado de
trabalho amplo, incluindo informais.
Desemprego sobe em 10 estados e chega a 17,9% no Nordeste
No terceiro trimestre, a taxa de desemprego subiu em dez
estados e ficou estável nos demais. As maiores taxas foram na Bahia (20,7%), em
Sergipe (20,3%) e em Alagoas (20%). Já a menor foi registrada em Santa Catarina
(6,6%).
Os maiores crescimentos da taxa de desocupação foram
registrados na Paraíba (4 p.p.), no Amapá (3,8 p.p.) e em Pernambuco (3.8
p.p.).
A taxa de desemprego atingiu o recorde de 17,9% no
Nordeste, o maior número entre as regiões do país. O Sul teve a menor taxa
entre elas: 9,4%.
Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o
aumento na taxa de desemprego reflete a flexibilização das medidas de
isolamento social para controle da pandemia de covid-19.
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