Uma comissão formada pela OAB-PE para avaliar o projeto
de aumento de custas emitiu uma nota técnica em que ressalta que a proposta do
TJPE reproduz uma prática que o CNJ pretende acabar: a cobrança cumulativa de
taxas judiciárias e custas processuais sobre um mesmo ato. A proibição de
cumular está, inclusive, prevista no projeto do CNJ enviado ao Congresso
Nacional. O objetivo do ofício, reforça Bruno Baptista, é afastar qualquer
desconformidade entre o que está em discussão na Assembleia Legislativa e o projeto
do CNJ.
“É importante registrar que a proposição – se aprovada –
elevará consideravelmente o valor das custas processuais e da taxa judiciária
no âmbito do Estado de Pernambuco, além de promover outras mais alterações que
– ao que parece – vão de encontro à disciplina desse Colendo Conselho Nacional
de Justiça acerca do tema, e causarão graves prejuízos aos jurisdicionados”,
alerta o presidente da OAB-PE, no ofício.
O projeto 1533/2020, proposto pelo TJPE e que prevê
aumento das custas, tramita na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Já
foi aprovado em três comissões – Constituição, Legislação e Justiça, Finanças e
Administração Pública – e agora aguarda votação em plenário, o que deve
acontecer até o final deste mês.
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