As obras da adutora não serão paralisadas este mês,
porque na semana passada entrou uma emenda parlamentar no valor de R$ 90
milhões destinados ao empreendimento. A emenda foi do deputado federal Fernando
Monteiro (PP). "Estamos tentando colocar na LOA o valor que falta para
acabar a Adutora do Agreste no próximo ano, em novembro de 2021. A região
precisa dessa água", afirma o parlamentar.
Para a secretária estadual de Recursos Hídricos,
Fernandha Batista, a expectativa é de que os recursos para a conclusão da
Adutora do Agreste venham do Orçamento Geral da União (OGU). "Precisamos
ter a garantia de que o Ramal do Agreste seja concluído junto com a Adutora
para chegarmos aos 23 municípios", resume. O Ramal do Agreste e a Adutora
do Agreste formam a infraestrtura que vai fazer a água da transposição chegar
até a região de maior estresse hídrico do Estado, o Agreste. O Ramal tem cerca
de 70 km, começando em Sertânia e seguindo até Arcoverde. Ele funciona como se
fosse o começo da estrada que vai trazer a água do Eixo Leste ao Agreste. A
partir de Arcoverde, a água entra na primeira etapa da Adutora do Agreste, que
terá uma extensão de 772 km
Iniciada em 2013, a Adutora do Agreste recebeu do governo
federal R$ 1,030 bilhão. O Ramal do Agreste foi iniciado em 2018 e já teve a
liberação de R$ 1,2 bilhão gasto no empreendimento, sendo que foram liberados
R$ 486,8 milhões em 2020 e R$ 591,1 milhões em 2019, segundo informações do
Ministério do Desenvolvimento Regional. Nesse caso, o que dita as liberações é
o fato de que o Ramal do Agreste é uma obra do governo federal, enquanto a
Adutora do Agreste é uma obra da Compesa -que pertence ao governo de
Pernambuco. A atual administração do governo federal não tem uma boa relação
com a administração socialista à frente do Estado desde 2007.
Acreditamos que vão ser liberados os recursos da primeira
etapa. E a nossa intenção é fazer uma articulação para que a LOA de 2022 já
tenha recursos para o começo da segunda etapa da Adutora do Agreste",
conta Fernandha Batista. E o que faz ela ser tão otimista ? "Foi assinado,
em 2005, um termo de compromisso entre o governo federal e o governador de
Pernambuco estabelecendo que essas obras complementares à transposição seriam
feitas com recursos da União", complementa. Caso esse documento não
tivesse sido assinado, Pernambuco serviria apenas de passagem para a água do
São Francisco. (JC Online)
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