Foram ouvidos 2.016 brasileiros adultos que possuem
telefone celular de todas as regiões brasileiras.
A taxa de rejeição à obrigatoriedade do voto é inferior
ao pico registrado na pesquisa anterior do instituto, de 2015, quando atingiu
66%. Em levantamentos feitos ao longo de 2014, ano eleitoral, os eleitores
contrários também eram maioria.
Já em maio de 2010, os blocos contrários e favoráveis ao
voto obrigatório estavam empatados, com 48% cada.
No histórico do Datafolha, o bloco favorável ao voto
impositivo liderou a pesquisa em uma ocasião, em dezembro de 2008, na qual
somou 53% dos entrevistados ante 43% do bloco contrário.
Recuando ainda mais no histórico de pesquisas, os
opositores do voto obrigatório eram maioria em levantamento feito em agosto de
2006 (50% a 45% dos favoráveis) e em duas aferições produzidas nos anos 1990.
Em agosto de 1994, os contrários à obrigatoriedade eram
53% (ante 42% dos favoráveis).
Neste ano, a pesquisa foi feita por telefone para evitar
a infecção por Covid-19. Esse tipo de entrevista exige questionários mais
rápidos, sem a utilização de estímulos visuais.
O debate sobre a obrigatoriedade do voto no país voltou à
arena política agora devido à pandemia do novo coronavírus, que afastou das
urnas eleitores receosos com o comparecimento, e por causa dos elevados índices
de abstenção nas eleições municipais de novembro.
N eleição municipal de 2020, por exemplo, a abstenção
ficou em 23% no primeiro turno no pleito deste ano e em 29,5% no segundo, taxas
superiores à média histórica. Quem mais deixou de ir às seções eleitorais em
comparação com a disputa de quatro anos atrás foram os jovens de 18 anos —um
salto de 124%. (OVale)
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