Mais do que um levantamento sobre o cumprimento dos protocolos de saúde nas escolas públicas, a auditoria do Tribunal de Contas de Pernambuco chegou à conclusão de que as unidades municipais de ensino, que recebem crianças e adolescentes dos ensinos Fundamental I e II, estão em péssimas condições de operação até mesmo se não houvesse uma pandemia. Cada um dos 184 municípios teve ao menos um colégio avaliado, totalizando 513. Foi o que informou o Diário de Pernambuco.
A boa notícia ficou para quem estuda nos estabelecimentos
do Estado. Foram 67 escolas visitadas em todas as regiões - Metropolitana, Zona
da Mata, Agreste e Sertão - com apenas duas não cumprindo as indicações para
receber os estudantes. A auditoria nas unidades estaduais estava dentro do
planejamento do TCE desde quando foi autorizado o retorno das aulas
presenciais. Já a visita nos municípios englobou a Operação Eleições.
O presidente do Tribunal, Dirceu Rodolfo de Melo Júnior
foi duro na análise ao comentar que algumas unidades municipais não têm a
condição mínima para receber os alunos em qualquer situação - em crise de saúde
ou não. E, o que agrava o problema: sem indícios de planejamento para quando o
retorno das atividades for autorizado.
"Boa parte dessas escolas não têm condições de
funcionamento, algumas não têm água nem energia elétrica dentro do que se exige
para o funcionamento, além de outros problemas estruturais. E não se trata
deste momento de volta ou possível volta, não havia planejamento de custos de
quantos servidores a mais se precisaria. O que se verificou foi que desde antes
da pandemia já havia problemas sérios. Vamos adotar medidas para, ao menos,
minimizar", disse.
Entre essas medidas está incluída uma conversa com os prefeitos
e, aqui, o tom a ser adotado no discurso vai mudar de acordo com a condição do
gestor. Os que começam novos mandatos serão abordados de uma forma, quem vai
para a segunda empreitada deve ser mais cobrado.
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