Por Agência Estado: pressionado a retomar o
pagamento do auxílio emergencial, o presidente da República, Jair Bolsonaro,
sinalizou nesta quinta-feira (7) a apoiadores que o governo federal não poderá
continuar com o benefício. Após o fim do socorro social, parlamentares pressionam
a União a lançar uma nova rodada em 2021 ou turbinar o Bolsa Família, previsto
em R$ 34,9 bilhões.
Na quarta-feira (6), o candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu a volta do auxílio emergencial ou um Bolsa Família maior. Baleia enfrenta o deputado Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo Palácio do Planalto na disputa. Nesta quinta, o candidato avulso à presidência da Câmara Fábio Ramalho (MDB-MG) também defendeu, em entrevista ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a retomada do pagamento do auxílio. O Congresso Nacional ainda não votou o Orçamento de 2021.
Em conversa com simpatizantes, um dos apoiadores disse a
Bolsonaro que o chefe do Planalto recebeu muito apoio no interior do Amazonas
após o pagamento do auxílio. O presidente, no entanto, evitou se comprometer
com um benefício em 2021 e ironizou a situação afirmando que, se pagar R$ 5 mil
por mês para a população, ninguém mais vai trabalhar.
"Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido
foi nos Estados Unidos. Aqui, alguns querem torná-lo definitivo. Foram quase 68
milhões de pessoas. No começo, foram R$ 600. Vamos pagar para todo mundo R$ 5
mil por mês, ninguém trabalha mais, fica em casa."
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