"Que não tem (dinheiro em caixa), eu tenho certeza.
É muito fácil distribuir contracheque e não deixar o dinheiro em conta. A nossa
realidade é que o governo (do ex-prefeito Marcelo) Crivella deixou duas folhas
de pagamento, o 13º e a folha de dezembro descobertos. Nós vamos fazer todo o
esforço do mundo e o secretário Pedro Paulo deve dar mais detalhes até a
segunda-feira. Agora estamos tendo acesso às contas da Prefeitura para ver como
vai ser esse pagamento. É prioridade absoluta. O fato é que não deixaram
qualquer recurso em caixa", afirmou à imprensa o prefeito recém-empossado.
Em 30 de dezembro, após receber R$ 50 milhões da Câmara
Municipal, a prefeitura do Rio - sob o comando do vereador e então prefeito em
exercício Jorge Felippe (DEM) - anunciou o pagamento do 13º salário
aos servidores com salários entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. Servidores de outras
faixas salariais, no entanto, ainda não foram pagos.
Na sexta-feira, o secretário Pedro Paulo já havia
confirmado a gravidade das contas da prefeitura: "Já na transição (entre
as gestões de Crivella e Paes) a gente tinha mapeado que a situação era muito
grave. Desde o primeiro momento a gente trabalhou com um cenário bastante
pessimista, que está se confirmando. O volume de restos a pagar é enorme. É
algo que nem a Secretaria de Fazenda tem a dimensão ainda do tamanho. Por isso
que eu digo que o desafio fiscal é na ordem de R$ 10 bilhões", afirmou à
imprensa naquele dia.
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