Por conta das dificuldades econômicas provocadas pelas
restrições no comércio, devido os efeitos da pandemia do novo Coronavírus,
muitos estabelecimentos precisaram fechar as suas portas em 2020. No Brasil, o
saldo entre aberturas e fechamentos de lojas com vínculos empregatícios no
comércio varejista ficou negativo em 75,2 mil unidades. Já em Pernambuco, esse
número chegou a 2.270 estabelecimentos a menos.
“A grande preocupação nossa não é apenas sobre esses
2.270 estabelecimentos fechados, é a quantidade de empresas que estão na
pré-falência, empresas que não vão ter condições de se manter depois. Muitas
estão tentando, dando um último suspiro, e com esse fechamento aos sábados e
domingos, vai piorar ainda mais”, explica o presidente da Fecomércio-PE,
Bernardo Peixoto.
Em Pernambuco, os segmentos mais afetados foram de
vestuário, papelaria e livraria. “O vestuário foi afetado duramente porque
acabaram os eventos, então não tem aquela animação do povo de comprar roupa, se
vestir melhor para sair, e evento é um movimento muito grande, é bilionário. Os
eventos foram mais afetados desde o início da pandemia, e até hoje não
recomeçou e a vai ser o último segmento a voltar”, destaca o presidente.
O presidente Bernardo Peixoto afirma ainda que existem
três pontos essenciais para uma expectativa melhor do comércio varejista em
2021, são eles: a vacinação em massa, para que o comércio tenha uma reação e
que as pessoas voltem a ter confiança em realizar as suas compras, mesmo que de
forma lenta; a reforma administrativa; e a reforma tributária, para simplificar
a tributação e as empresas começarem a economizar e, consequentemente, terem
uma melhor rentabilidade.
Para que o comércio consiga ter uma recuperação futura, é necessário que a população continue seguindo os protocolos de higiene devido à pandemia e evitem sair de casa. “A dica que eu dou para a população é que usem máscara, se contenham, fiquem mais em casa, se protejam, porque isso vai afetar a todos, se não houver uma compreensão da população em geral, a situação vai piorar mais ainda e a tendência é que o governo aperte mais ainda e isso prejudica todo mundo, é mais desemprego e a situação fica mais difícil”, alerta Bernardo Peixoto.
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