Foto: Lucas Silva/AGIF |
Estão previstas para serem retomadas,nesta segunda-feira
(19), as aulas presenciais da rede estadual para os cerca de 87
mil estudantes do 3º ano do Ensino Médio, Educação Infantil e Fundamental
Anos Iniciais (1º ao 5º ano). No entanto, o retorno pode ser prejudicado por
conta de um impasse. Foi o que noticiou a Folha de Pernambuco.
Apesar de o Governo do Estado garantir que o calendário está mantido, o
Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) afirma que os
profissionais começam hoje uma greve por tempo indeterminado, mesmo a Justiça
tendo considerado o movimento ilegal.
No último sábado (17), motivado por uma ação da
Procuradoria Geral do Estado, o desembargador Fábio Eugênio Dantas de Oliveira
Lima estipulou multa diária de R$ 200 mil para o Sintepe, caso a categoria
descumpra a decisão. De acordo com a presidente do Sindicato, Valéria Silva, o
Departamento Jurídico da entidade irá recorrer da decisão. A categoria
reivindica a vacinação de todos os profissionais da educação para só então as
atividades presenciais serem retomadas.
“Estamos defendendo nos manter no trabalho remoto por
conta da situação que a pandemia se encontra neste momento com altos índices de
contaminação e letalidade. Não é hora de voltar para o presencial e entendemos
que só deve ocorrer com a vacina. Não vale a pena colocar em risco as nossas
vidas, dos estudantes, de seus familiares e da comunidade escolar como um todo
para um retorno que não vai resolver tudo que se coloca do ponto de vista das
perdas pedagógicas em todo esse período de pandemia”, disse.
Segundo Valéria, a direção do sindicato vai se reunir para marcar uma nova
assembleia para avaliar a greve e os próximos passos da categoria. Ela disse
ainda que não há reunião agenda com o governo para uma nova rodada de
negociação.
Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes (SEE)
afirmou que, dentro do processo de negociação e durante todo este período de
enfrentamento à pandemia, sempre esteve apostando no diálogo como o caminho
para construir um processo de retorno que pudesse beneficiar os estudantes e
também atendesse as orientações das autoridades de saúde, para preservar também
os professores e demais trabalhadores da educação.
“Neste sentido, as unidades escolares da rede pública estadual foram preparadas
desde o ano passado atendendo a todos os critérios estabelecidos no Protocolo
Setorial”, diz a nota. Segundo a SEE, a decisão do retorno dos estudantes às
escolas é das famílias, devendo ser oferecido o modelo virtual de ensino.
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