Foto: Welington Lima |
Conforme calendário divulgado pelo Governo de Pernambuco no dia 31 de março, as aulas presenciais da Rede Estadual de Ensino voltam nesta segunda-feira (19). No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) afirma que a greve dos professores está mantida, mesmo após a Justiça estadual considerar o movimento ilegal.
No último sábado (17), o
desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco Fábio Eugênio Dantas de
Oliveira Lima determinou que não haja paralisação. Estipulou multa diária
de R$ 200 mil para o Sintepe, caso a categoria descumpra a decisão, motivado
por uma ação da Procuradoria Geral do Estado.
A presidente do sindicato, Valéria Silva, revelou ao JC
que o Departamento Jurídico da entidade irá recorrer da decisão. "Fomos
notificados pela Justiça no sábado. Como é de praxe, nosso setor jurídico está
preparado para entrar com recurso na segunda-feira. Mas nossa greve é pela vida
e está mantida. Permanecemos na luta em defesa do retorno das aulas presenciais
somente quando houver segurança sanitária. Reivindicamos a vacinação de todos
os profissionais da educação", destacou Valéria.
Ainda de acordo com Valéria Silva, as atividades remotas
continuam e os professores não pararam de trabalhar na pandemia. "Temos
cuidado com o aprendizado de nossos estudantes. Porém voltar para o ensino
presencial é um risco para toda a comunidade escolar e suas famílias",
enfatizou Valéria.
Ela ainda acrescentou que apenas a categoria pode decidir
pelo fim da greve.
A Secretaria Estadual de Saúde garante que as escolas
estarão abertas, nesta segunda-feira (19).
O Sintepe divulgou uma nota criticando o Governo de
Pernambuco que, segundo a entidade, "desde 2015, ignora o direito
constitucional de greve e sempre substitui a negociação pela judicialização,
com pedidos de imposições de multas astronômicas que visam extinguir a
atividade sindical, além de ameaças de abertura de processos contra dirigentes
sindicais".
Na nota, o sindicato ainda afirma que o "Governo do
Estado tem resolvido os conflitos das relações de trabalho de forma
antidemocrática, recorrendo ao judiciário e ignorando o direito constitucional
de greve, uma greve PELA SAÚDE E PELA VIDA de milhares de membros da comunidade
escolar obrigados ao retorno de atividades presenciais SEM VACINA". (Fonte: TV Jornal)
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