Regulamentado pelo BC e franqueado por instituições bancárias e fintechs, o Pix surgiu para preencher uma lacuna na vida dos brasileiros: a de transferência bancária instantânea e disponível 24 horas por dia, sete dias por semana e sem custos para pessoas físicas. "Entendemos que o Pix veio para ficar e continuará crescendo. Uma forma de pagamento que vai gerar inclusão, melhoria no custo operacional das pessoas e das empresas", declarou o presidente do BC, Roberto Campos Neto. No caso de empresas, a taxa varia entre cada banco, mas fica entre R$ 0,50 e R$ 10.
As instituições financeiras comemoram. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) relatou que em um ano de funcionamento do Pix, os volumes significativos de transações e de adesões de clientes à ferramenta de pagamento instantâneo comprovam a eficiência e a aceitação. "Trouxe conveniência e facilidades para os clientes no dia a dia. Apenas no mês de setembro de 2021, tivemos 1,04 bilhão de transações com o Pix, totalizando um volume de R$ 554 bilhões e mais de 330 milhões de chaves cadastradas. Neste mês, pouco mais de 101 milhões de pessoas fizeram ou receberam, pelo menos, um Pix", declarou.
Conforme a Febrabran, desde o lançamento, o Pix se mostra uma importante oportunidade para o Brasil reduzir o uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e os altos custos de transporte e logística de cédulas, que totalizam cerca de R$ 10 bilhões anuais. "O Pix é uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no país, trazendo novos clientes para o sistema financeiro. Um dos focos da agenda de evolução e aprimoramento do Pix é adicionar funcionalidades nas transações entre pessoas e empresas. Entre eles estão o Pix Saque, Pix Troco, Pix Garantido e Débito Automático no Pix. A incorporação de novas funcionalidades será um processo permanente", ressaltou.
Lucas Gonzalez, estrategista da Koin, fintech do Grupo Decolar, destaca que o Pix mostrou que a indústria financeira do Brasil está à frente da de outros países da América Latina e até de muitos desenvolvidos. Ainda está em período de ajuste, mas, mesmo assim, nesse ano, já representa 8% de todas as transações da empresa. "Um percentual muito alto. Ajudou muito a impulsionar as vendas e a baixar o custo dos comerciantes. Cada transação, que custava entre R$ 7 e R$ 10, hoje, está por R$ 1 para o consumidor, ou seja, uma queda de, praticamente, 90%", contabiliza Gonzalez.
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