Após o assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, pelo agente penitenciário bolsonarista Jorge Guaranho, e em meio à propagação de mensagens de ódio contra opositores nas redes sociais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolveu criar na sexta-feira (22/7) um grupo de trabalho para enfrentar a violência política durante o pleito deste ano.
A força-tarefa será coordenada pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral e terá entre os membros representantes dos tribunais regionais de São Paulo, Bahia, Pará e Goiás. Eles deverão contar com ampla participação de partidos políticos, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público Eleitoral e outras entidades ligadas ao tema.
O grupo vai discutir medidas e levantar informações destinadas a coibir a violência durante o processo eleitoral.
A portaria foi assinada pelo presidente do TSE, Edson Fachin. O ministro justifica que o grupo surge após "relatos de violência política" que chegaram ao conhecimento da Corte, "relatos de atentados à liberdade de imprensa, com suposto viés político". O magistrado destacou, ainda, "a necessidade de assegurar o pleno exercício dos direitos fundamentais com segurança e paz nas eleições".
O TSE citou o caso Arruda. Ele foi morto por Guaranho enquanto comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O atirador invadiu a festa gritando "aqui é Bolsonaro" e "mito" e baleou o petista. (Correio Braziliense)
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